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Técnica de implantes All on four ou All on 4

All on four é uma técnica para reabilitação oral de arcada completa, ou seja, devolver a dentição completa para quem perdeu todos os dentes de uma arcada. É uma opção muito mais confortável e segura do que uma prótese móvel (dentadura), pois a protese fixa fica presa em 4 implantes dentarios distribuídos pela arcada, como uma prótese protocolo. A técnica é mais econômica, se comparada à prótese protocolo, e tem características diferentes. Conheça melhor a técnica realizada na Clinica Dentaria ImplArt a seguir e saiba se ela é indicada para atender o seu caso.

Como funciona a técnica All on 4? Essa técnica pode ser indicada para mim?

O protocolo All on 4 consiste na colocação cirúrgica de 4 pinos de implantes estrategicamente distribuídos pela arcada, e logo após é feita a fixação de uma prótese dentária completa.

A técnica geralmente é indicada para pessoas que perderam todos os dentes em uma arcada total, superior ou inferior. Muitas delas usam de prótese dentária móvel (dentadura) e apresentam reabsorção óssea avançada (pouco volume ósseo), ou seja, possuem perda óssea e limitação para colocar vários implantes dentários pela arcada.

Dessa forma, podemos então definir a técnica All on 4 como uma alternativa de implante dentário para pessoas com pouco volume ósseo. Portanto sem a necessidade de realizar enxertos ósseos.

Outra opção para quem tem pouco volume ósseo é a utilização de implantes curtos ou mais finos, muitas vezes evitando procedimentos de enxertos ósseos.

Reabilitacao total do maxilar inferior com 4 implantes All 5246734305 l

A escolha de qual a melhor técnica para atender o seu caso deve ser abordada entre paciente e cirurgião dentista, em consulta, após avaliação clínica e radiológica. Saiba mais sobre implantes dentários menores aqui.

Já a técnica de carga imediata pode ser definida como aquela em que a fixação da prótese é feita de maneira mais rápida após a colocação dos implantes. Na maioria das vezes, no mesmo dia.

Uma das maiores preocupações de quem vai se submeter a reabilitação de arcada completa com implantes dentários é se ele vai ficar sem dentes em alguma fase do tratamento. Com a técnica de carga imediata, o paciente não fica sem dentição enquanto se recupera.

Qual a diferença entre a técnica All on four e a técnica tradicional de prótese protocolo?

Na técnica convencional, geralmente são utilizados 6 pinos de implantes dentários em toda arcada para suportar a prótese dentária tipo prótese protocolo.

Já com a técnica All on four, são utilizados 4 implantes, sendo os dois posteriores mais longos. Eles são colocados de forma mais inclinada do que a convencional, cerca de 45°. O comprimento maior do pino é intencional para aumentar a área de contato entre superfície do implante e o osso. Isso reduz a necessidade de recriar um aumento de osso vertical por meio de cirurgia de enxerto de osso.

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1 – Prótese total para arcada inferior; 2 – Radiografia mostrando 4 implantes dentários distribuídos pela arcada. Os dois implantes da região posterior são colocados de forma inclinada (ângulo de 45°).

Além de aumentar a área de contato, o uso de implantes mais longos e inclinados permitem que sejam colocados em uma porção mais forte do osso, de maneira que eles fiquem bem presos.

Eventualmente alguém pode perguntar se essa técnica teria menos eficiência do que a convencional, imaginando que a distribuição de carga sobre 4 implantes seria maior do que 6 pinos, por exemplo.

Estudos biomecânicos revelam que os implantes inclinados, quando fazem parte do suporte protético, não sofrem efeito negativo com relação à distribuição de carga. A inclinação de implantes tem sido utilizada na prática clínica há mais de uma década e tem apresentado resultados favoráveis.

Vantagens da prótese total em implantes All-on-4 em relação a dentadura:

  • A prótese dentária é estável, pois fica presa nos implantes. Dessa forma, gera mais conforto e segurança para falar e mastigar. Com a prótese móvel, o usuário eventualmente pode sentir sua prótese instável.
  • Os implantes dentários tem, na maioria dos casos, capacidade de manter o volume ósseo. Em contraste com a prótese sobre implantes, a prótese móvel não é capaz de impedir a perda óssea e por conseqüência o osso pode ficar cada vez mais fino e menor. Esse é, inclusive, um dos fatores que deixa a dentadura frouxa por desadaptação.
  • A estética da prótese para reabilitação em é sem dúvida muito melhor do que uma prótese móvel. A cerâmica, zircônia aplicada e zircônia pura são materiais de tecnologia avançada que reproduzem com mais fidelidade as características dos dentes humanos, por exemplo, resistência, brilho, translucidez, tonalidades, texturas, enquanto que a prótese móvel é fabricada em acrílico ou resina, materiais que arranham, fraturam e mancham com mais facilidade.

Implantes guiados por computador para cirurgia menos invasiva e com recuperação mais rápida

A reabilitação com implantes All on 4 é melhor executada por meio de planejamento computadorizado, mais conhecido como cirurgia guiada de implantes.

Devido a limitação de volume ósseo, realizamos uma tomografia computadorizada para fazer a medição precisa da largura e da altura óssea disponível. Em posse dessas informações, fica muito mais tranquilo escolher os implantes com diâmetro e comprimentos adequados ao volume, além disso, para escolher as áreas que disponham de melhor condição para inserção.

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Planejamento de guia cirúrgico de implantes

Definidas as medidas dos implantes bem como as posições em que os implantes serão colocados, confeccionamos uma guia plástica que servirá de gabarito cirúrgico.

A cirurgia guiada para implantes favorece procedimentos minimamente invasivos, sem a realização de cortes extensos na gengiva pois o acesso cirúrgico é através de pequenos furinhos na gengiva. A guia cirúrgica assegura a colocação guiada e exata dos implantes osseointegráveis.

Os tipos de próteses para implantes All on 4

As soluções protéticas definitivas para o All on four:

  • Dentaduras fixas com revestimento em acrílico
  • Próteses protocolo cerâmicas (porcelanas)
  • Reabilitações totais em zircônia aplicada
  • Prótese estética em zircônia pura translúcida
  • Próteses removíveis, sobredentaduras em acrílico ou Overdentures são possíveis, mas muito menos usadas.

Caso queira mais informações sobre a técnica All on four, entre em contato conosco. Nós, da Clínica Odontológica ImplArt, estaremos à disposição para atender você.

Enxertos periodontais: quando eles podem ser indicados?

Quando os enxertos periodontais podem ser indicados e quais a as chances de efetividade desses procedimentos para tratamento de periodontite? Saiba mais a seguir.

A doença periodontal, causada por infecção bacteriana, é caracterizada pela destruição gradual dos tecidos periodontais, que são formados por osso alveolar, gengiva, ligamento periodontal e cemento. Estes tecidos são responsáveis por suportar os dentes e, portanto, a deterioração destes leva à mobilidade dentária ou até mesmo a perda de dentes e necessidade de implante dentario.

Enxertos periodontais

Por consequência do avanço da doença periodontal e a destruição destes tecidos, há um recuo vertical de osso e gengiva, de tal forma que estes perdem suas formas originais. Os dentes adquirem uma aparência mais alongada e isso deve ao fato de que, com o recuo dos tecidos, as raízes dentárias, que antes eram recobertas, passam a ficar expostas.

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A linha indica onde normalmente é o nível ósseo e gengival de uma dentição saudável. Observe que o avanço da doença periodontal houve perda óssea e remodelação da gengiva, fazendo com que os dentes pareçam mais longos.
Na verdade, o que ocorre é a exposição das raízes que antes estavam protegidas. Frequentemente há um acumulo de placa sobre a superfície da raiz, por isso faz parte da terapia a raspagem periodontal para eliminação dos focos infecciosos.

A destruição de parte dos tecidos periodontais vai fazer com os dentes percam suporte e fiquem com mobilidade ou até mesmo caiam.

Empenho com a higiene bucal e remover a placa bacteriana são a chave para impedir o avanço da doença

Certamente, o principal foco do portador da doença periodontal é controlar atividade bacteriana com intuito de evitar ou retardar o avanço da destruição dos tecidos. O tratamento da doença periodontal é complexo e exige uma rotina saudável do portador.

Os cuidados com a saúde e com a higiene oral, e a frequência das consultas com o cirurgião dentista devem ser redobrados. Certamente o uso de fio dental, e escova interdental ajuda neste higienização profunda. Mas importante ter em mente que nada substitui a limpeza profissional em consultório, a profilaxia a cada 6 meses.

No consultório, o cirurgião dentista consegue remover placa bacteriana, tártaro e cálculos aderidos na superfície das raízes dentárias. Esse procedimento, que pode ser chamado de alisamento radicular ou raspagem periodontal, é fundamental para diminuir atividade bacteriana, a inflamação das gengivas e a progressão da destruição dos tecidos.

Entretanto, um questionamento frequente entre os portadores de periodontite avançada é se haveria possibilidade de reconstruir cirurgicamente o formato ósseo e gengival por meio de enxertos periodontais. Cada caso precisa ser avaliado individualmente.

Tratamento de doença periodontal com ou sem enxertos periodontais

Fase 1 (não cirúrgica)

Fase concentrada no controle da placa por meio das orientações sobre a rotina diária de higiene bucal e consultas regulares ao dentista para avaliação clínica e raspagem periodontal da placa/tártaro para eliminar focos bacterianos. Devemos ressaltar que, o hábito de fumar, não contribui para a saúde bucal, e mesmo os cigarros eletrônicos trazem inúmeros malefícios.

Ainda nesta fase, o cirurgião dentista pode lançar mão do uso de biomateriais para recomposição de tecidos periodontais sem a necessidade de cirurgias.

Um exemplo de biomaterial é o Straumann Emdogain, uma composição de proteína que induz a regeneração dos tecidos periodontais (osso alveolar, cemento, ligamento periodontal e gengiva) e traz resultados promissores.

Ela é indicada para aplicação sobre as raízes limpas (após a raspagem periodontal), e na fase inicial da terapia periodontal, ajuda a evitar cirurgias, reduzir as bolsas de forma não cirúrgica bem como reduzir a profundidade da bolsa à sondagem.

Fase 2 (monitoramento p/ posterior decisão de tratamento)

Avaliação de parâmetros clínicos (sangramento à sondagem, nível de inserção clínica, profundidade da bolsa e mobilidade dentária). Os parâmetros vão guiar a tomada de decisão sobre a necessidade de tratamento adicional posteriormente.

Fase 3 (escolha do tratamento)

Com base nos parâmetros clínicos, o cirurgião dentista pode considerar por:

A – Preservar o dente. Nesta etapa, a região precisa ser descontaminada, portanto, pode ser necessário realizar limpezas profundas, por meio de raspagens por baixo da gengiva, ou mesmo raspagens cirúrgicas. Dessa forma, a região precisará um tempo para se estabilizar e se recuperar, para posterior avaliação de intervenção cirúrgica.
Caso haja necessidade de cirurgia, podem ser realizados enxertos periodontais de biomateriais de regeneração tecidual guiada. Consiste no preenchimento do defeito com enxerto ósseo natural e posteriormente, cobri-lo com a membrana de colágeno e regenerador de tecido mole (enxerto gengival).

Intervenção cirúrgica

O enxerto ósseo serve para preencher o defeito ósseo e reduzir a profundidade alveolar, gerando níveis maiores de inserção clínica. Ele também deve estimular a regeneração e preservação de osso e ligamento periodontal do paciente.

Entretanto, em regiões onde o dente é preservado (dentes contaminados por doença periodontal), a chance de sucesso do enxerto diminui.

A membrana de barreira de colágeno ajuda a estabilizar o enxerto ósseo, previne crescimento epitelial e permite vascularização e recolonização de células ósseas no defeito.

Materiais para enxertos periodontais

O regenerador de tecido mole (enxerto sintético de gengiva) é a membrana Mucorderm Straumann, uma matriz de colágeno para ser integrada ao tecido conjuntivo do próprio paciente e repor o tecido mole (gengiva). A matriz contribui para revascularização e integração dos tecidos, considerando cor e textura gengival.

Favorece a adesão e proliferação de fibroblastos e células endoteliais para crescimento de vasos sanguíneos e células. Certamente vale destacar que, o enxerto de gengiva não é um tratamento universal que pode ser utilizado em todos os casos, então sua aplicabilidade depende de avaliação clínica.

Pode-se também optar por enxerto de gengiva proveniente do próprio paciente, retirando-se uma pequena parte da mucosa do palato e logo em seguida transplantando na região periodontal.

Ou

B – Extrair o dente, especialmente quando apresenta severa mobilidade por destruição avançada dos tecidos periodontais (que não podem mais ser regenerados). Na maioria dos casos, o dente extraído pode ser substituído por implante dentário e coroa protética. Normalmente é realizado implante dentário logo após a extração.

Fase 4 (terapia de manutenção)

Controle da placa, com ou sem antibioticoterapia.

Controle periódico de parâmetros clínicos: sangramento à sondagem, nível de inserção clínica, profundidade da bolsa e monitoramento de perda óssea (nos casos de preservação do dente), ou perda óssea e sinais de periimplante (nos casos em que o dente foi extraído e substituído por implante dentário).

Quais são as perspectivas de sucesso dos enxertos periodontais?

Antes de indicar procedimentos de enxertos periodontais, o cirurgião dentista avalia criteriosamente cada caso, incluindo saúde em geral e os hábitos de higiene bucal bem como a adesão do paciente a necessidade de comparecer as consultas odontológicas com a frequência recomendada. As consultas para o portador são mais frequentes do que para aquelas não portadoras. Não adianta passar por um tratamento de enxerto se houver uma tendência a criar focos de infecção por práticas de higiene bucal insuficientes.

Como citado anteriormente, o tratamento da periodontite é desafiador e não há como garantir que os efeitos do enxerto ósseo serão permanentes. Em geral, é recomendado que o paciente seja avaliado em consulta para dessa maneira monitorar os tecidos. Além disso, vale citar que os enxertos visam melhorar uma condição de perda óssea, mas não tem função nem capacidade de recobrar o contorno gengival natural.

Eles são ferramentas para amenizar a perda óssea e permitir a inserção de implantes dentários em zonas de perda de dentes. Mas, não tem capacidade de reestabelecer completamente a massa óssea perdida. Por isso, ao perder um dente, ideal é repô-lo com implante dentario o mais breve possível, de modo a evitar a perda óssea, e seu avanço.

Quem fez implante dentário precisa fazer limpeza?

Vale destacar que, mesmo quem tem implante dentario, ou prótese protocolo, não pode descuidar a higiene bucal, fazendo periodocamente sua limpeza no dentista de modo a evitar a periimplantite.

Se você ficou com alguma dúvida, entre em contato conosco ou então agende uma consulta com a nossa equipe especializada. Nós, da Clínica Odontológica ImplArt, temos uma equipe altamente especializada, liderada por nosso diretor clínico, implantodontista Dr. Roberto Markarian, para realizar seu tratamento odontológico.