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Tag: implantes dentários

Prótese protocolo em porcelana nas duas arcadas faz barulho? Mito !

O tratamento de implante total, chamado de prótese protocolo, tem como característica a realização de implantes dentarios que irão receber uma prótese fixa apoiada sobre eles. Eventualmente, pode ser necessária a realização de enxerto ósseo.

Após a cicatrização dos implantes, eles estão prontos para, dessa maneira, receber a prótese definitiva. Uma das opções de materiais para a prótese total é a Porcelana, outro é a Zircônia, materiais nobres e modernos. Trata-se de um importante tratamento para quem quer trocar dentaduras pelo conforto de uma prótese fixa.

Há um mito no qual se fala que as próteses em Porcelana em ambas as arcadas poderiam gerar um ruído ao se chocarem durante a mastigação ou fala. Em decorrência desse mito, imaginar que o protocolo em porcelana faz barulho é uma dúvida comum no momento de escolher o material que irá compor sua prótese dentária sobre implantes. Entretanto, é muito importante saber que, os protocolos em porcelana, quando instaladas nas duas arcadas sobre implante dentario, e estando bem ajustadas, definitivamente, não irão fazer barulho ao tocar uma na outra durante a fala ou na mastigação.

Por que existe a crença de que o protocolo em porcelana sobre implante total faz barulho?

Em geral, quando se fala em protocolo de porcelana, que é uma prótese dentária total fixa em implantes dentários, as pessoas tendem a comparar porcelana dental com qualquer objeto de porcelana, como pratos e xícaras.

Nesse sentido, o primeiro mito que precisa ser esclarecido é que se tratam materiais completamente diferentes. A porcelana dental possui composição especial para elaboração de dentes protéticos. Os materiais são seguros para a saúde e apresentam desempenho muito semelhante aos dentes naturais.

Para finalidade odontológica, utilizamos a porcelana dental (vidro de alumino e silicato de potássio) e a cerâmica dental (vidro-cerâmica e óxido de zircônio).

Elas são apresentadas na forma de pó, que são aplicadas pela técnica de camadas sobre a estrutura interna do protocolo, seja ela metálica ou em zircônia.

Cada camada possui tonalidades e texturas diferenciadas, que imitam as camadas dos dentes naturais. Ou seja, dentina (que é a parte interna e de tonalidade mais escura), esmalte (tonalidade e dureza que caracterizam a estética final e a resistência dos dentes) e região incisal (que é parte translúcida).

Ao final, a porcelana/cerâmica são submetidas a alta temperatura em forno. A técnica é importante para cristalização e sinterização das camadas, promovendo uma transição suave das tonalidades e conferindo resistência à peça.

Como é o processo de aplicação da porcelana no implante total protocolo?

Processo de aplicação do pó de porcelana dental sobre estrutura do protocolo de zircônia para implantes
protocolo em porcelana
Estrutura interna de zircônia e protocolo em porcelana finalizado com as camas de porcelana sinterizadas, incluindo a gengiva.
Detalhes de tonalidades e translucidez presentes em coroas de cerâmica e prótese sobre implante total
Detalhes de tonalidades e translucidez presentes em coroas de cerâmica e prótese sobre implante total

O material do protocolo de porcelana não faz barulho?

Além de uso de materiais de excelência, para que o protocolo em porcelana seja mais natural e não gerem ruídos, é primordial que haja um bom ajuste oclusal entre as próteses nas duas arcadas.

A perfeita oclusão é quando a pessoa morde e há um ajuste nos contatos oclusais de forma simultânea, com harmonia das relações entre as cúspides e equilíbrio do estresse oclusal. Dessa maneira, estando bem ajustadas, os protocolos sobre implante dentario não vão emitir sons quando o usuário falar e mastigar.

O ajuste oclusal é quando as arcadas se tocam de forma harmônica
O ajuste oclusal é quando as arcadas se tocam de forma harmônica

Para alcançar o ajuste oclusal ideal, o paciente passa por sessões de consultas. Nelas, o cirurgião dentista, realiza o refinamento do projeto da prótese, desde a fase de uso da prótese provisória. Dessa forma são elaborados protótipos que o paciente utiliza para testar estética e funcionalidade. Nesse ínterim o paciente vai sentindo os resultados finais do tratamento.

Portanto, não se preocupe, a questão do barulho entre as peças é apenas mais um mito. Assim como é um mito que a prótese total em porcelana sobre implantes, seria pesada. Anteriormente fizemos um post sobre isso, mostrando como é um mito a questão do peso da peça. Veja aqui: Vamos acabar com o mito da prótese em porcelana ser pesada.

A clínica odontológica ImplArt possui um laboratório de prótese dentária próprio equipado com modernos sistemas computadorizados, como o Cerec 3D e 3Shape. Estes sistemas fazem, dessa maneira, desde a simulação e planejamento, até a confecção da prótese protocolo em porcelana, em impressoras 3D com rapidez e comodidade. No caso da prótese total em Zircônia, todas as etapas de tratamento utilizam moderna metodologia de computação gráfica, o que permite um tratamento natural com alta resistência. Portanto, não há com o que se preocupar com o quesito barulho ao escolher o material de sua prótese.

Se possível troque seu protocolo em resina pela Porcelana ou Zirconia. Tratam-se de materiais mais modernos, que oferecerão mais conforto durante o processo de execução, até a entrega final, com estética impecável das peças.

*Diretor clínico, Clínica odontológica ImplArt, cirurgião dentista, implantodontista, Dr. Roberto Markarian.

Cigarro eletrônico faz mal para os dentes e para a saúde bucal?

O cigarro eletrônico (que também pode ser conhecido por vaper, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, ecigar e heat not burn), é da classe dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEF).

Surgiu como uma opção de fumo mais limpa, uma alternativa menos prejudicial à saúde se comparada aos cigarros de nicotina, charutos, cachimbos entre outros tipos de fumo. Inclusive alguns usuários de DEFs nem se consideram fumantes, mas sim vaporizadores ou vapers. Mas será que estes dispositivos são inofensivos? Eles fazem mal aos dentes, implantes dentários e saúde bucal?

Vilão ou mocinho: o cigarro eletrônico afeta os dentes e a saúde bucal?

O cigarro eletrônico não é uma invenção recente. O primeiro modelo foi criado ainda nos anos 60. Desde essa época, já surgiram diferentes modelos de dispositivos eletrônicos para fumar. Atualmente é crescente o número de adeptos a modalidade de fumo por vapor, especialmente entre pessoas muito jovens.

Quando se trata do cigarro convencional, é comprovado que os agentes nocivos do tabaco favorecem o surgimento de cerca de 55 doenças relacionadas ao tabagismo ativo. Os principais são: câncer, doenças cardiovasculares, doenças pulmonares e doenças coronarianas. Mas a pessoa que fuma cigarro eletrônico corre o mesmo risco?

Como os DEFs funcionam e o que seu organismo pode estar consumindo?

O cigarro eletrônico também contém nicotina proveniente da folha do tabaco, porém é consumida na forma de aerossol. Certos modelos prometem serem livres de nicotina, mas testes já realizados avaliaram que alguns dispositivos tinha uma quantidade reduzida da substancia.

Nesta modalidade fumo, a nicotina passa por um processo de remoção de parte das impurezas e de outras substâncias químicas do tabaco. Na teoria, é uma forma mais limpa de nicotina. Mas na prática, a maioria dos aparelhos encontrados atualmente não possui um padrão de controle e essa limpeza pode não estar ocorrendo de forma eficiente.

Desde 2009, todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidos pela Anvisa (RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009). Isso inclui comercialização, importação e propaganda destes.

Os estudos sobre os malefícios em longo prazo dos modelos de cigarros eletrônicos ainda não são muito bem estabelecidos. Trata-se de uma modalidade relativamente recente de tabagismo e os efeitos serão melhor conhecidos no futuro.

Em 2016, o INCA (Instituto Nacional do Câncer) e o Ministério da Saúde publicaram uma cartilha com informações do que já se sabe sobre os efeitos do cigarro eletrônico para a saúde sistêmica e oral.

O alto calor gerado pelo equipamento transforma componentes químicos em substancias tóxicas  

Ao serem aquecidos, os DEFs liberam o vapor líquido contendo nicotina que mesmo tendo comercialização proibida, pode ser encontrada em uma grande variedade de sabores. Isso inclusive tem atraído pessoas jovens, que têm a falsa impressão de estarem consumindo produtos inofensivos.

Os vapores do cigarro eletrônico são gerados a partir de soluções chamadas e-liquids ou e-juices que contêm solventes, variadas concentrações de nicotina, água, aromatizantes e outros aditivos. Os solventes mais utilizados são a glicerina de origem vegetal e o propilenoglicol.

Estudos mostraram que a temperatura de vaporização da resistência do aparelho pode atingir até 350º. Essa temperatura é suficiente para induzir reações químicas e mudanças físicas nos compostos, formando outras substâncias tóxicas. A glicerina e o propilenoglicol, por exemplo, quando submetidos a altas temperaturas, geram compostos como o formaldeído, acetaldeído, acroleína e acetona.

Os cigarros eletrônicos concentram menor quantidade em relação aos cigarros regulares (cerca de 450 vezes menos tóxicos). Mas essas substâncias são classificadas como citotóxicas, carcinogênicas, irritantes, causadoras de enfisema pulmonar e dermatites. Além disso, os fumantes de DEFs podem compensar a pouca liberação de nicotina com tragadas mais longas e mais profundas, aumentando o tempo de exposição.

Os efeitos do cigarro eletrônico para os dentes e boca

Na cavidade oral, é sabido que tanto a nicotina, como as substancias tóxicas geradas pelo calor, podem causar desde irritação na mucosa da boca e na garganta. Além de problemas de circulação sanguínea, oxigenação e defesa contra agentes bacterianos, ou seja problemas dentais diversos.

Essa sistema afetado é principalmente prejudicial nos casos de doenças infecciosas, como por exemplo gengivite, cáries e periodontite, e na recuperação de pós operatórios odontológicos.

Segundo dados do INCA, é comprovado que pessoas que fumam cigarro ou outros produtos derivados do tabaco tem risco muito maior de desenvolver câncer de boca e de faringe do que os não fumantes.

Um estudo recente avaliou a citotoxicidade e genotoxicidade da exposição ao vapor de duas marcas populares de cigarro eletrônico, em curto e longo prazos (respectivamente 48 horas e oito semanas).

Foi identificado que células epiteliais normais de várias partes do corpo, incluindo a boca, que foram expostas ao extrato do vapor, apresentaram vários tipos de danos.

Entre eles o aumento da ruptura das cadeias de DNA que compromete o processo de reparação celular sendo, o que é um fator de risco para o desenvolvimento de câncer.

Outros problemas bucais relacionados ao hábito de fumar são: manchas nos dentes, retração gengival, boca seca pela redução na produção de saliva e bruxismo.

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O cigarro eletrônico é prejudica os implantes dentários e enxertos ósseos?

Muitos pacientes ficam relutantes quando o dentista afirma que o hábito de fumar vai prejudicar a cicatrização dos implantes dentarios e até mesmo a longevidade dos efeitos do tratamento com implante e prótese fixa. Isso vale para cigarros, charutos, cannabis, cigarro eletrônicos, entre outros, que interferem negativamente no período de cicatrização dos implantes.

O cigarro reduz a velocidade da osseointegração, que é o processo necessário para fixar os implantes ao osso. Da mesma maneira ocorre nos procedimentos de enxerto ósseo dentário. Aumenta o risco de perda, ainda mais quando o tabagismo vem acompanhado de higiene oral insuficiente e predisposição genética, comprometendo inclusive a gengiva.

A razão já foi citada anteriormente: a circulação sanguínea e oxigenação diminuída pelas substancias presentes no tabaco e as substancias tóxicas geradas pelo alto calor. Elas minimizam a capacidade de recuperação e regeneração dos tecidos, o que não é só importante no período logo em seguida a cirurgia, mas também ao longo do tempo para preservação dos efeitos alcançados com o tratamento.

Vou colocar / já coloquei implantes: o que fazer se eu tenho o hábito de fumar?

Se você gostaria de colocar implantes, necessita de enxerto ósseo dentário, ou já fez esses procedimentos e gostaria de saber como mantê-los preservados, comece sendo sincero, com o cirurgião dentista, mas principalmente com você.

Nas situações em que os implantes dentários são realizados em fumantes, é recomendado deixar de fumar nos 15 dias que antecedem a cirurgia e 2 meses após o procedimento para colocar implantes/enxertos. Leia mais sobre pós operatório de implantes dentários.

Mas a recomendação que impera é aproveitar essa ocasião e se esforçar para abandonar o hábito de vez. Boca saudável e o hábito de fumar, definitivamente caminham em sentidos contrários. Agende uma consulta com a nossa equipe e conheça os mais modernos tratamentos odontológicos realizados pela clínica odontológica ImplArt.